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Gestão de alta perfomance para ativos produtivos

Não basta aumentar o volume de produção se outros requisitos, como custos operacionais, conservação de energia, acidentes e doenças ocupacionais, qualidade do produto e dos serviços, pioram

Autor: Osvaldo GuedesFonte: Revista IncorporativaTags: empresariais

A visão de gerenciamento de ativos produtivos vem ganhando importância à medida que cresce a demanda por mais segurança nas operações, proteção ao meio ambiente, garantia de qualidade, integridade dos equipamentos e instalações e por produtos altamente confiáveis. No segmento industrial, as empresas buscam não só aumentar a utilização e disponibilidade dos ativos, mas, também, fazê-lo de forma sustentável e responsável.

O novo desafio é aumentar a eficiência do negócio. Não basta aumentar o volume de produção se outros requisitos, como custos operacionais, conservação de energia, acidentes e doenças ocupacionais, qualidade do produto e dos serviços, pioram. A gestão de alta performance dos ativos produtivos promove a integração de todos os requisitos das operações, conciliando as políticas de responsabilidade social com altas taxas de retorno dos investimentos aplicados em ativos.

Combinando competências com corretos procedimentos organizacionais e metodologias consagradas e consistentes, este modelo de gestão apresenta uma abordagem holística de alta performance, otimizando a utilização dos recursos materiais e humanos, por meio da priorização, sincronização e sinergia dos processos.

É imperativo assegurar altas taxas de disponibilidade e utilização dos ativos e, ao mesmo tempo, otimizar a relação custos x resultados. Os ganhos devem ser sustentáveis para garantir a sobrevivência da empresa em mercados cada vez mais competitivos e globalizados.

As empresas procuram melhorar e aperfeiçoar suas operações através da adoção de métodos com foco em um ou outro tema, tais como, Lean Manufacture, 6 Sigma, Qualidade Total, RCM, ISO’s, OSHAS, PMI etc, e pouca atenção é atribuída para os impactos na organização quando estes métodos são implementados de forma isolada, cada um seguindo um cronograma próprio, com suas metas individuais, sem priorização, e disputando os mesmos recursos.

A Gestão de Ativos deve ser um modelo construído com as diversas visões integradas, Qualidade, Segurança, Meio Ambiente, Melhoria Continua, Manutenção, Novos Projetos, Processos Produtivos, Capacitação e Aprendizagem. O modelo de gestão de ativos existente e comprovadamente aplicado com sucesso, quando corretamente implementado é o TPM – Total Productive Maintenance, desenvolvido originalmente pela JIPM – Japan Institute of Plant Maintenance.

A versão original do TPM tem um viés operacional, isto é, foco nos meios utilizados para implementação. Os processos são bem desenvolvidos e detalhados, distribuídos em etapas, facilitando suas aplicações e possibilitando o monitoramento constante e simples. Esta característica torna os treinamentos objetivos e graduais e o desenvolvimento das pessoas ocorre equilibradamente no ritmo da evolução das aplicações. Nas técnicas de gestão ainda há campo para desenvolvimento, por exemplo, de custos, logística, documentação, capacidade, produção.

Algumas empresas, até grupos multinacionais, utilizam o TPM como o modelo básico para a gestão dos ativos produtivos, adaptado as suas necessidades e características e complementam com as técnicas de gestão mais avançadas que atendem os quesitos legais locais e Sistema de Gestão Global da Empresa.