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O dilema: no que investir em 2016?

Consultor sugere investimentos cautelosos, principalmente no primeiro semestre do ano.

Com um cenário econômico bastante complicado e expectativas negativas para 2016, há muitas dúvidas no que investir de forma segura. Além de altas taxas de juros, que não contiveram a inflação, e as estimativas de queda do PIB em 2016, as previsões pessimistas se devem ao aumento das taxas de desemprego, baixa confiança dos investidores, incertezas políticas e a incapacidade do governo de reduzir seus gastos.

Para Carlos Alberto Bifulco, consultor da BA Associados, diante desse quadro parece adequado que as pessoas adotem uma atitude cautelosa para efetuar investimentos, pelo menos no primeiro semestre de 2016. O importante é que cada investidor faça uma avaliação do que é mais adequado ao seu perfil. Bifulco analisa as possibilidades de investimentos e os prós e os contras de cada um deles.

Cada pessoa tem a sua estratégia de investimentos financeiros, dependendo de seus objetivos e da sua vontade de correr riscos. A caderneta de poupança, que apresenta maior segurança, tem tido taxas de juros decepcionantes.

Automóveis, eletrodomésticos e eletrônicos estão sendo oferecidos em prestações com juros taxa zero. A compra desses bens em prestações pode ser um bom negócio, mas merecem um cálculo bem preciso para se certificar se essas vantagens são efetivas.

Os investimentos indexados são uma das boas opções para o médio prazo, considerando um provável aumento nas taxas de juros e uma inflação alta. Entre os títulos do Governo, se destacam a letras do tesouro indexadas pelas taxas do CDI ou IPC. No setor privado os títulos emitidos por bancos, tais como os Certificados de Deposito Bancário indexados. Além disso, são oferecidos fundos de investimento também indexados a taxa do CDI.

Para os mais ousados, é possível aplicar em fundos de investimento com títulos indexados em dólar. Esse tipo aplicação pode ser interessante para quem acredita na continuidade da deterioração da economia e mais restrições que podem vir do mercado externo.

A aplicação em ações deve ser cuidadosamente analisada e pode representar uma parcela razoável do total de investimentos. As empresas exportadoras devem ter uma melhoria de resultados e suas ações podem ser uma boa escolha. Empresas de outros setores vão depender da retomada da economia. O mercado de ações antecipa os acontecimentos políticos e a perspectiva da melhoria no cenário econômico pode fazer com que esse mercado venha a reagir bem antes dos demais.

Concluindo, Carlos Alberto Bifulco recomenda aplicações mais conservadoras, mas para quem quiser arriscar, sempre surgirão oportunidades de investimentos de maior risco nesses momentos de crise.