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Objetivos para o ano novo: libere o seu potencial!

Ano novo, tempo de renovação! Veja como aplicar conceitos de coaching para definir melhor seus objetivos pessoais e aproveitar melhor o seu potencial

Fim de ano é o momento apropriado para fazer uma pausa, fechar um período e se preparar para o outro. Avaliar o que foi deu certo, o que deu errado e ajustar a rota no novo ano. Aqui que a correta definição dos nossos objetivos ajudam a escolher a rota certa. Quando nossos objetivos não estão claros, acontecem situações como acumular tentativas frustradas no lugar de conquistas, ou ficamos presos numa rotina que não nos faz felizes. Como podemos definir melhor nossos objetivos? Exploremos conceitos básicos para depois nos abordar conceitos que costumam mudar vidas nos processos de coaching pessoal.

Definição de objetivos

Os objetivos precisam ser definidos de forma específica para que haja maiores chances de que sejam atingidos. Uma pesquisa com estudantes de Harvard revelou que entre aqueles que tiveram maior sucesso na vida profissional, 60% tinham definido seus objetivos antes de começar o curso na universidade.

Se o gênio da lâmpada aparecesse agora, o que você pediria? Muitas pessoas poderiam dizer: “quero ser rico!”. Mas como faz o gênio para saber o que “ser rico” significa para você? Se ele fizer um cheque de US$100.000 você se consideraria rico? De U$ 1 milhão? De US$100.000 milhões? Você sabe qual o valor do cheque o gênio tem que fazer? E, para ir um pouco além, pergunto: qual é a sua definição de rico?

Uma forma de definir o objetivo “quero ser rico” de forma mais específica seria algo como “obter US$1 milhão”, por exemplo. Mas a definição precisa ter um prazo, não deveria ficar em aberto. Assim, o objetivo seria: “obter US$1 milhão no prazo de 10 anos”. Se o objetivo é fazer uma viagem, você já pesquisou o valor das passagens? Fez uma conta no papel de pão, pelo menos, para ter uma ordem de grandeza e saber quando poderia fazê-la?

Bruce Lee e Tom Cruise são exemplos de pessoas que definiram claramente seus objetivos. No livro “Murphy on Projects” se descreve a carta que Bruce Lee escreveu a si mesmo definindo seu objetivo: “ser o ator oriental mais bem pago dos USA, atingindo US$10 milhões até 1982”. Tom Cruise se propôs a ser um ator famoso em 10 anos. Com certeza a clara definição de objetivos os ajudou a focar os esforços na direção certa.

Objetivos meio e objetivos fim

Vamos ilustrar um conceito importante com um objetivo muito comum: “atingir o cargo X”. No processo, a pessoa se torna escrava do trabalho, ela é reconhecida não pela personalidade ou suas ideias, mas pelo cargo. Ela não é “fulano de tal”, mas “cargo da empresa”. Não é “João da Silva”, mas “gerente da empresa X”. O nome da empresa até se converte em sobrenome! Um sobrenome de alta estirpe que quando se perde o cargo, perde-se a linhagem, o status e o prestigio. O objetivo não está necessariamente errado, mas precisamos verificar: por que isso é importante para você?

A resposta à essa pergunta poderia ser: “porque isso me permitiria oferece melhores condições a minha família”. Muito bem, perguntemo-nos agora “por que isso é importante para nós? ”. “Ah porque para mim família é tudo”. Esta resposta ilustra um conceito importante: objetivos meio e objetivo fim. Atingir um cargo melhor é o meio de atingir um objetivo maior, que é a vida em família. Se esse é o objetivo principal, não podemos permitir que o objetivo meio nos absorva de uma forma tal, que deixamos de disfrutar da nossa família, contrariando nosso objetivo principal. Olhando para os nossos objetivos para o novo ano, pensemos: eles são meio ou fim? Se são meio, qual é o objetivo fim? Eis uma reflexão que leva ao autoconhecimento e a grandes descobertas.

O que você realmente quer?

Fazer a pergunta “por que isto é importante para nós? ”, ajuda a identificar aquilo que tem valor para em nossas vidas. O que realmente queremos atingir? Será que queremos ser felizes? Queremos viver em família? No meio de muitos amigos? Acumular bens? Obter um “camaro amarelo”, como diz a música? Conquistar títulos e prêmios? Levar uma vida hedonista nos divertindo sempre? Por que tudo isso é importante?

Consciente ou inconscientemente, nossos objetivos atendem necessidades humanas. Muitos pesquisadores têm elaborado modelos para identificar as necessidades humanas. Citaremos aqui dois dos mais famosos. Abraham Maslow desenvolveu uma escala de necessidades humanas, que vão desde as necessidades de básicas de subsistência, passando pela necessidade de conexão e afeto, reconhecimento social e necessidade de auto realização. Objetivos que buscam garantir nossa subsistência se encaixam na base da escala. Objetivos que buscam obter reconhecimento, via atingir certas conquistas (objetivo meio), atendem a necessidade de reconhecimento. Atletas que se superam marcas são exemplos de auto realização.

Quando uma necessidade não é atendida, ficamos em desequilíbrio, propiciando o surgimento de problemas. Vícios, como jogos e alcoolismo aparecem para suprir as emoções que vida não oferece. Portanto, na definição dos objetivos é importante lembrar de cobrir não somente as necessidades de subsistência, mas de afeto, de autoestima e de realização.

Anthony Robbins, célebre life coach, menciona seis necessidades humanas: certeza, incerteza, significância, conexão, crescimento espiritual e contribuição. Temos a necessidade de ter certezas, uma forma de segurança estabilidade e conforto. Mas temos necessidade de incertezas e novidades. Temos a necessidade de estar conectados com os outros, ser amados. Precisamos sentir que somos importantes, que a nossa vida tem um proposito e um significado. Temos também a necessidade de contribuir, ajudar os outros e fazer do mundo um melhor lugar. Esse modelo explica, por exemplo, o que acontece com pessoas tem uma vida estável e monótona, mas que procuram crescimento e variedade em hobbies, esportes ou se tornando especialistas em certos assuntos alheios a sua rotina.

Por que não? Os pensamentos limitantes

Vamos chamar de novo o gênio da lâmpada para este artigo. Se pudéssemos sonhar e pedir qualquer coisa, o que pediríamos? Imaginemos com cores e sons como seria se pudéssemos obter tudo aquilo que desejássemos? Imaginemos como nos sentiríamos se vivêssemos nesse filme? Tendo imaginado o que quiséssemos, precisamos nos perguntar: por que não? O que nos impede de fazer novo curso e exercer uma nova profissão? Mudar de cidade? Pais? Mudar nossa aparência física? Nos dedicar ao que nós realmente gostamos? Para satisfazer as necessidades de subsistência não significa que temos que nos condenar a levar uma vida que sacrificar as outras necessidades!

Existem pensamentos que se instalam na nossa mente os quais sabotam nosso crescimento. Podem ser resultados de traumas, mágoas, situações mal assimiladas ou simplesmente paradigmas errados. Acreditamos que não podemos, que “já foi o tempo”, que continuar na situação atual, mesmo que ruim, é melhor, etc. Em algumas pessoas humildes por exemplo, o conceito de fazer faculdade e exercer uma profissão parece um impossível que nem se cogita. Aprender línguas, viajar pelo mundo, empreender novos negócios, mudar de profissão, parecem impossíveis incluso para profissionais gabaritados. Mas isso não passa de uma barreira mental.

Duendes da mente

Os pensamentos limitadores, ou sabotadores, frequentemente vem acompanhados de vieses cognitivos, processos mentais que instalam na nossa mente como duendes e nos fazem agir de forma irracional. Existem dezenas de fenômenos, mencionaremos alguns que costumam participa na definição dos objetivos.

Medo as mudanças: o ser humano em uma resistência natural de sair da zona de conforto, pois por pior que seja ele é conhecido. Um novo cenário, por melhor que seja, é desconhecido, e o nosso medo natural nos impede de caminhar nessa direção. Esta situação é acompanhada pelo viés cognitivo da normalidade, que nos faz acreditar que está tudo bem e não precisamos agir ou reagir.

Necessidade de coerência: mesmo nossa mente estando sujeita a fenômenos que nos fazer agir de forma racionalmente irracional, temos a necessidade de ser coerentes, mesmo com as piores decisões. Um caso famoso citado pelo Robert Cialdini, - um psicólogo e pesquisador da universidade de Stanford, cuja obra é fundamental para propaganda e marketing-, relata uma mulher que reclamava sempre do seu marido alcoólatra e vagabundo. A mulher abandona-lo e volta com um antigo namorado. Perto da data do casamento, o alcoólatra implora para voltar com ele. Ela o aceita e retorna a mesma vida de dificuldades de antigamente, com a diferença de que nunca mais reclamou, ao contrário, se sentia feliz.

Este caso ilustra como a necessidade de ser coerente com a péssima decisão que a mulher tomou, a fez mudar a forma como ela enxergava a situação, impedindo-a de sair da vida difícil que levava. Na nossa definição de objetivos, estamos sendo forçados a ser coerentes com algum paradigma? Exemplos comuns: “eu optei por esta profissão, não posso mudar”. Ou, “eu amo meus pais, por tanto, sou obrigado a seguir a mesma profissão, mesmo que me faça infeliz”.

Como combater?

Necessidades não atendidas e ignoradas não desparecem! Eles ficam à espreita boicotando nosso crescimento. Podemos nos esforçar muito, mas não conseguimos atingir todo o nosso potencial. E acredite, nós podemos fazer muito mais, sempre!!

Eis uma observação simples, mas muito útil no combate os pensamentos sabotadores: eles são seus! Você pode fazer com eles o que quiser. Pode mantê-lo ou muda-lo, a decisão é sua!

Um pensamento que nos ajuda a buscar nosso potencial é a regra da equipe de elite SEAL da marinha americana, a qual diz: “nós estamos sempre a 40% do nosso potencial”. Com esse pensamento são treinados os soldados que são a elite das elites. Se nós estamos a 40%, como seria um vídeo de nós ao 100%? Que tal imaginar esse filme? O que nos impede? Estamos com medo de jogar pensamentos limitadores ao lixo? Mudo de mudar para melhor? Medo de ser feliz?

Na definição dos objetivos para o ano novo, lembremos de não deixar de fora os relacionamentos com família e amigos e atender nossa necessidade de afeto, não deixar de atender nossa necessidade de reconhecimento, seja no trabalho, no esporte, hobbies, nem a nossa necessidade de levar uma vida com proposito e significado.

Deixo o meu convite para repensar nossos objetivos, identificar o que realmente importa para nós, libertar-nos de pensamentos limitantes e procurar nossa felicidade. Logico, e mais fácil disser do que fazer, este processo é facilitado com a ajuda de um coach profissional certificado, mas espero que este singelo artigo convide a uma reflexão, torcendo para que seja essa o começo por uma longa jornada pela conquista do seu potencial.