Rua Cantagalo, 222 - 1º Andar, Tatuapé - São Paulo/SP

  • (11) 2227-7480

Pix tem problemas pontuais em fase de testes, diz Febraban

Na última sexta-feira (6), o Pix registrou mais de 57 mil transações, que somaram R$ 21,1 milhões - o maior volume transacionado pelo novo sistema até agora

Em fase de testes desde o último dia 3 de novembro, o Pix, novo sistema de pagamentos digitais elaborado pelo Banco Central, apresentou problemas pontuais, de acordo com o diretor de inovação, produtos e serviços bancários da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Leandro Vilain. No entanto, segundo o executivo, as falhas foram corrigidas.

"Eram problemas muito pontuais, como um banco não conseguindo ler a agência do outro porque tinha zeros à esquerda, por exemplo. Coisas que foram corrigidas em menos de 30 minutos", afirmou.

Só na última sexta-feira (6), o Pix registrou mais de 57 mil transações, que somaram R$ 21,1 milhões - o maior volume transacionado pelo novo sistema até agora. No fim de semana, foram 19,5 mil transações, que totalizaram R$ 4,2 milhões. "A partir de hoje começaremos a aumentar os volumes para estar tudo pronto e, no dia 16, iniciaremos tudo", disse Leandro Vilain.

O presidente da Febraban, Isaac Sidney, afirmou ainda que a entrada em operação do Pix deve ter impacto limitado nas receitas bancárias. "Temos dados concretos de que cerca de 60% das contas transacionais já são isentas de tarifas. No restante, 40%, uma parte significativa também não paga nada, seja pelo relacionamento com o banco ou porque tem um pacote contratado que não cobra essas taxas. Não é o Pix que vai fazer com que haja uma grande perda de receita bancária", pontuou.

Segurança

Em termos de segurança, Pinho de Melo destacou que as instituições financeiras já têm camadas para proteger tanto quem paga quanto quem recebe. "Se uma conta for suspeita do lado recebedor, a instituição já tem um instrumento para bloquear o recebimento porque, para ela, é custoso ter que fazer todo o processo de devolução depois. E isso é comunicado automaticamente para o Banco Central, que marca aquela conta para todos os integrantes do sistema", explicou.

Ele afirma ainda que é normal que o consumidor ainda tenha receio do instrumento, mas que com o tempo isso deve diminuir. "Os procedimentos de segurança são os mesmos observados em outros meios de pagamento, como TED e DOC. O Pix também está em um ambiente controlado. Todos os cuidados que os usuários têm que tomar com os meios de pagamento atuais quando fazem uma compra online ou uma transferência, por exemplo, também terão que ser tomados com o Pix. São os cuidados normais para se evitar fraudes", observou.